O Zé Parafuso do Sítio Monte Alegre fornecia há décadas queijos frescal e meia cura para os hotéis de Águas de Lindóia quando o jovem Danilo resolveu mergulhar no imenso mundo dos laticínios, para produzir novos tipos e variedades. VEJA MAIS

A partir daí os clientes do Monte Alegre puderam, por exemplo, sentir a diferença entre o provolone industrial vendido no supermercado e O Provolone Artesanal, preparado com leite fornecido por pequenos produtores.

O mesmo aconteceu com a mozzarella e os queijos Gouda, Gorgonzola, Estepe e muitos outros europeus, feitos ali mesmo no sítio, com características únicas, proporcionadas pelo terroir das brasileiríssimas montanhas de Águas de Lindóia.

O sucesso foi imediato. Nascia o Laticínios Sítio Monte Alegre.

Aí o Danilo ficou atrevido: passou a produzir verdadeiras raridades, tipo os queijos Cobocó e Morbier.

E foi mais longe. Partiu para os trufados, recheados com salame, doce de leite, goiabada ou Nutella.

Sabe os nozinhos que todos adoram? Ele recheia com figo em calda.

Gosta do meia cura todo furadinho? Tem!

A produção de cada queijo é limitada a poucas peças, que acabam tão rápido quanto pão de queijo e doce de leite feito em casa - que, por sinal, o Danilo também faz.

A loja existe desde 1970, mas o nome nasceu antes, em 1959, quando um cliente perguntou para o vendedor ambulante de queijos de Águas de Lindóia: você tem queijo do bom? VEJA MAIS

A Queijobom Center é a loja de produtos regionais mais conhecida de Águas de Lindóia. Mesmo o sendo muito espaçosa, a sensação é que faltou espaço para tamanha variedade.

O local é ponto de parada obrigatória de turistas, é uma espécie de mercearia gigante com delícias típicas do Circuito das Águas Paulista.

Sem trocadilhos, o apresentador Ratinho é cliente casa.

Só de queijos, são dezenas, entre Brancos, De Minas, Curados e Trufados.

E outro tanto de embutidos, cachaças, biscoitos, sequilhos, compotas, doces em pasta e em cubo, vinhos regionais e importados.

Quase nenhum você conhece, porque só existem nesta deliciosa região do Estado de São Paulo.

Experimente o queijo mergulhado em calda de pimenta. E também o Emmental. E o Parmesão.

Quer saber? Experimente todos, eles terão muito prazer em lhe oferecer pedaços para provar.

Mas fique sabendo que se experimentar, não irá resistir a levar.

Zé Português e Neucina se conheceram lá no começo do século 20. VEJA MAIS

Foi amor à primeira vista para o gajo, mas a italiana era caprichosa, resolveu fazer o moço sofrer algum tempo até aceitar o pedido de namoro.

Suas famílias, que faziam queijos caseiros há gerações, aprovaram quando eles decidiram se casar: os jovens jamais ficariam sem assunto.

Em 1954 nasceu Sônia, o terceiro dos cinco filhos que teriam. Nesse mesmo ano foi inaugurada a loja que preserva até hoje em Monte Sião a parte mais saborosa desta história de amor.

A Queijos e Doces Sônia só vende três tipos de coisas: 1) o que é de produção própria, 2) o que é artesanal, de preferência feito em Minas Gerais, e 3) o que é delicioso, mesmo que venha do outro lado do mundo, caso de cervejas, azeites e outros achados da família.

No primeiro grupo estão as diferentes cachaças e os queijos frescal, temperados, padrão mineiro, parmesão, mozzarella, nozinho, palitinho, cabacinha, trança, provolone, entre outros.

A fama do doce de leite produzido por eles corre de boca em boca gulosa Brasil afora. O doce é bem clarinho, feito no tacho, igualzinho à 1954, com pouco açúcar, preservando o sabor e o aroma naturais do leite. Além disso, tem um segredo na apuração do doce... que não contaram pra gente.

A produção dos queijos e dos doces de leite (tem com café!) é limitada: o leite cru é fornecido por sitiantes da região.

Não cabem aqui tantas histórias sobre tantos produtos, mas o pessoal da loja ama contar para os clientes como tudo é produzido, de onde veio e porque mereceu um lugar de honra nestas prateleiras.

Claro que Zé Português e Neucina viveram felizes para sempre. Já viu alguém triste comendo queijo?

Falando sobre a felicidade que um bom “queijim minero” traz para o coração, olha a história da G. Feliz. VEJA MAIS

Quando foram registrar o nascimento do bisavô da Geneci, ao invés do sobrenome Felix, anotaram Feliz no livro do cartório. E daí em diante, a família passou a ser Feliz.

Quando percorrer a estradinha de terra para chegar à loja de Monte Sião, vai sentir que a felicidade está presente em todo o lugar.

No colorido das paisagens, no rosto das pessoas que fazem a ordenha do leite e que preparam de forma artesanal os queijos e doces, no sorriso com que irão receber você.

De alguma forma, essa energia parece “passar” para os produtos G. Feliz, como se fosse um ingrediente exclusivo ou tempero que dá um toque diferente de sabor. Ou seria uma aura?

Talvez você descubra quando você provar o iogurte, os queijos, o doce de leite...

O fato é que a G. Feliz já ganhou até medalha de ouro pela qualidade de seus produtos.